O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu nesta quinta-feira (5) que estava errado ao criticar o uso de câmeras corporais pelos agentes da Polícia Militar do Estado.
“Se você pega, por exemplo, a questão das câmeras, eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Eu tinha uma opinião equivocada, fruto da experiência pretérita, que tive, que não tem nada a ver com segurança pública”, disse o governador.
Durante a campanha de 2022, Tarcísio chegou a dizer que se opunha ao uso do equipamento pelas forças de segurança. A repercussão negativa fez o então candidato recuar na postura ainda durante o pleito.
“Hoje, eu estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. Nós vamos não só manter o programa como ampliar o programa”, disse.
O governador de São Paulo aponta por uma mudança de atitude envolvendo a segurança pública após os casos de abuso de autoridade flagrados em imagens na última semana. Nesta quinta, o policial que jogou um suspeito de uma ponte foi preso.
“É hora de ter humildade e ver que tem alguma coisa que não está funcionando. O discurso de segurança jurídica que a gente precisa dar para os agentes de segurança para combater de forma firme o crime, não pode ser confundido com salvo-conduto”, afirmou Tarcísio de Freitas.
Apesar disso, o governador voltou a defender a permanência do secretário de Segurança do Estado, Guilherme Derrite.
“No momento de crise, você não deve fazer mexidas. Não é a hora. Imagina que se cada situação difícil que você enfrentar, eu deixo de ter a confiança nas pessoas e parto para uma mudança generalizada. Eu interpreto isso como uma coisa ruim”, afirmou.