Rádio Bandeirantes

Coronel Mello: 'certeza de impunidade' de criminosos leva policiais a cometerem violência

Segundo vice-prefeito de São Paulo, agentes envolvidos em casos de violência policial 'perderão a farda'; ele defendeu mudanças nas audiências de custódia para que criminosos continuem presos

Da redação

O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Ricardo Mello Araújo (PL), afirmou, nesta sexta-feira (6), que a certeza de que criminosos sairão impunes leva policiais a cometerem atos de violência como os casos vistos nas últimas semanas.  

Mello Araújo foi entrevistado pelo Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, e afirmou que os fatos noticiados nos últimos dias, como o caso que o PM jogou um homem da ponte e o policial que agrediu uma idosa, farão com que os agentes envolvidos percam a farda.  

"Esses fatos não representam a PM e são isolados. Os policiais estão afastados e vão responder criminalmente. Mas o que leva o agente de segurança e o cidadão comum a pegar um criminoso e espancá-lo? Nesse caso do policial, a forma como ele joga [o homem da ponte] dá a entender como um ‘cansei, já que ninguém faz nada, vou fazer alguma coisa’. É uma coisa absurda de se ver. Isso aí é a certeza da impunidade e são os problemas das audiências de custódia e as progressões de pena. Hoje, no nosso país, ninguém mais fica preso.", disse o vice de Ricardo Nunes (MDB).  

Mello Araújo defendeu mudanças na lei e nas audiências de custódia para que criminosos continuem presos.  

Câmeras na farda  

Após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) recuar e afirmar que estava errado ao criticar as câmeras corporais, o vice de Nunes afirmou que é a favor das filmagens, mas sob determinadas condições.  

“Se você pega, por exemplo, a questão das câmeras, eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Eu tinha uma opinião equivocada, fruto da experiência pretérita, que tive, que não tem nada a ver com segurança pública”, disse o governador nesta quinta.  

Já Mello Araújo diz que as câmera ligadas 24 horas e não apenas durante operações e abordagens pode "tirar a privacidade" do agente.  

"Defendo as câmeras como uma ferramenta necessária. Em Nova York, o policial é obrigado a acionar a câmera quando sai em operação. Para algumas unidades policiais, eu sou contra. E a câmera ligada 24 horas tira a privacidade do policial", disse ao Manhã Bandeirantes.  

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