Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
Aperfeiçoar a comunicação do governo é sempre uma boa ideia, mesmo quando ela não vai mal, o que não é, absolutamente, o caso agora. Tem que melhorar. Conteúdos como a queda do desemprego, a redução da fome e os números do crescimento poderiam ser trabalhados com mais eficiência, isso é claro.
Mas há os casos em que as ordens que vêm de cima, não dão muita chance à comunicação. Um exemplo que está por aí é aquela decisão de colocar no discurso do ministro Haddad os cortes de gastos junto com a isenção de imposto de quem ganha até 5 mil. Essa ideia, que pode ter sua lógica, misturada ali foi um desastre completo.
Problemas não faltam também para comunicação do governo, quando reações de setores governistas, ou do próprio presidente, alimentam a avaliação, com as inevitáveis ofensivas do mercado, de que a disciplina fiscal não é prioridade. Aí o Haddad sozinho não aguenta.
E a comunicação do governo, renovada ou não, não vai resolver. O fato é que tudo isso desaconselha o recurso fácil de sempre culpar a comunicação, em vez de encarar, para começar, uma boa autocrítica.