Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
O tenente-coronel Mauro Cid já havia prestado 10 depoimentos, agora 11, desde o caso das joias, a maioria à Polícia Federal, mas incluindo também a CPI dos atos antidemocráticos. Preso e solto algumas vezes, é um personagem sempre presente, ao longo das investigações, embora sem papel central, na sua função de auxiliar do presidente Bolsonaro.
Mas aparecendo em momentos essenciais dessa investigação, complexa, trabalhosa e sempre voltando aos mesmos personagens, como o general Braga Netto, com participação na trama agora reforçada no depoimento de 3 horas a Alexandre de Moraes. Mauro Cid pode ter complicado mais a situação de Bolsonaro.
Sobre essa turma pesa o enquadramento em três crimes - abolição violenta do estado democrático, golpe de estado e organização criminosa - que podem dar 23 anos de prisão. O PGR não deve demorar com as denúncias.
Dos 37 indiciados, 25 são militares. No ambiente das Forças Armadas, nos quartéis hoje a expectativa é grande: que os culpados, com crime comprovado, sejam punidos com o rigor da lei.