Fernando Mitre

Mitre: a situação nos quartéis diante da denúncia

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, tem dito que pronunciamento oficial sobre a tentativa de golpe, as investigações e os processos... só acontecerá depois de encerrado o caso na Justiça.  Vamos ver. Mas nada impede que sinais de reações entre militares escapem dos quartéis e gabinetes de comandos. 

As frases têm vindo indignadas de lá. A comprovação é cada vez mais clara de que os golpistas encontraram uma resistência definitiva entre comandantes militares, o que fortalece a posição das Forças Armadas, como instituições de Estado. 

O movimento criminoso investigado e já chegando à fase da denúncia provocou e ainda provoca essa indignação no ambiente militar. Onde se esperam com impaciência os dias de ver todos os culpados - com culpa comprovada  - punidos na forma da lei, e fechando essa página... Cheia de gente fardada - 25 entre os 37 indiciados pela PF - mas que, pelo que está provado, e se confere no relatório de 800 páginas da PF, fica longe do espírito que predomina e alimenta as Forças Armadas. 

Bem expresso no comportamento do então comandante do Exército, Freire Gomes, que resistiu aos golpistas. Na verdade impediu, como se conclui no relatório da PF, em que esse general é citado 130 vezes.

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